domingo, 5 de outubro de 2008

Acolho

Acolho tuas cidades, tuas flores, teu sol, tuas luzes, tua poesia, teu absurdo, tua pele, teu beijo. Acolho teus monstros, tuas tardes cinzentas, teus livros, tua música, a tua esperança. Acolho tudo, guardo tudo em mim, bem plantadinho e firme, para perder-me, espalhando-me no teu labirinto, como vento bem dado, que faz voar a terra em partículas que ninguém vê, mas que a tudo vêm habitar.

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