segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A árvore do sentir

Sábado chegou luminoso em Fortaleza.

Segui rumo ao cinema de arte para conferir o novo filme de Terrence Malick, “A árvore da vida”.

Foi um percurso que me fez recordar a adolescência, pois meu querer profundo pelo cinema foi cultivado nesse período, nas sessões de arte do extinto cine Gazeta. Nessa época aprendi o prazer de ir sozinha ao cinema. É diferente quando se está só. Se você nunca foi escolha um bom filme e permita-se viver a experiência.

O filme de Malick trata, essencialmente, da vida, do mistério da vida. Das conexões entre passado, presente e futuro. Do mistério do tempo que nos habita. Das relações profundas, espirituais, com a família: pai, mãe, filhos. Trata-se de um filme que dialoga com o sentir, por isso é difícil explicá-lo pelo intelecto. Fica a dica de que é uma experiência que vale a pena, mesmo que cause algumas inquietações, mesmo que te faça sair da zona de conforto. Afinal, sempre é válida a pergunta: "qual o sentido de estarmos aqui?"



4 comentários:

Eduardo Porto disse...

Ana! Acabei de fazer meu blog!

Passa lá!

Leo e Mia - Uma (não tão) Breve Comédia Romântica.

Beijos!

Sérgio Costa disse...

Vi o trailer faz algum tempo e a linguagem visual me chamou bastante atenção. A história parece realmente muito boa. Obrigado por avisar, não me liguei da data, achei que não tivesse estreado, vou conferir!
=)

Anônimo disse...

Eu vi. Eu senti intensamente. Quero ver de novo o quanto antes (ou seria melhor deixar essas impressões primeiras se acalmarem?).

O tempo não passou para mim, na verdade o tempo que passou em mim foi tão outro que não sei nomeá-lo.
O filme é lindo, é forte, é construído com os fios das lembranças de um dos personagens mais marcantes para mim nesse meu curto percurso cinematográfico.
Fantasmas, poesia, música, dor, dúvida e mil cores flutuando em todas as vozes e imagens.
Em alguns momentos eu não podia respirar, em outros eu me senti fora dessa carne, tal qual uma alma errante.
Eu não sei nem quero entender o que esse filme me fez sentir, eu só sei que agradeço ao Malick por tê-lo feito.

De algum modo me remeteu ao brilhante As Horas, naqueles momentos de entrelace de narrações, ao The Life before her eyes, Valsa com Bashir e às cenas naqueles campos verdes de beleza doentia em 1984. Tudo isso amplificado é algo que escapa dos nossos muros de Cosmos.
Acho que é isso: A Árvore da Vida me empurrou gentilmente para um lugar de força afetiva Caótica.

mas quem é que sabe mesmo?

Ana Valeska Maia disse...

Olá Mayara,

Este comentário tão florido só podia vir de você.
Seja bem vinda!