sexta-feira, 4 de março de 2011

Ecos de uma democracia autoritária

“Pois paz sem voz, paz sem voz

Não é paz, é medo!”

Minha Alma (a paz que eu não quero)

O Rappa


Sempre que minhas atividades permitem acompanho pelo rádio e TV as votações e pronunciamentos de nossos representantes na Câmara dos Vereadores, Assembleias Legislativas e Senado Federal. Ontem, ouvi o pronunciamento inflamado do deputado Carlomano Marques (PMDB) rebatendo com fúria e indignação o artigo da procuradora de Justiça Rosemary Brasileiro, publicado no jornal Diário do Nordeste, edição de 03/03/2011.

O artigo da procuradora tece críticas severas à omissão da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará em suas relações com o Executivo estadual. Se o deputado Carlomano Marques considerou exagerado o conteúdo das críticas no artigo da procuradora, sua reação não ficou atrás. Foi extremamente autoritária. Utilizou de ameaças afirmando que a procuradora terá que explicar os motivos dos argumentos utilizados no artigo na AL. Se defender dos leões em sua própria toca? O que o deputado pretende? Abusar do poder para forçar a anuência de uma democracia autoritária? Fazer da Assembleia um palco de encenação de uma hipocrisia democrática? Como cidadã estou farta dessa falácia e quero, assim como a procuradora, meu direito ao confronto com o instituído. Uma atitude de crítica madura por parte dos integrantes da AL seria um mínimo de autocrítica.

Sem o direito ao confronto não existe democracia.

Um comentário:

pEdrooo disse...

Sem o direito ao confronto não existe democracia.

demo-cracia ;x