terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Agora

Como seria a vida se vivêssemos apenas na imensidão do tear das memórias? Seria uma vida tecida por lembranças transcorrendo em um mar sem fim. Seria uma prisão estilo Alcatraz. Na realidade a vida é um “entre”. Um agora entre o passado e o futuro. A vida é um momento, um tic-tac fugidio e imprevisível que tem pressa em ser passado. Viu? Passou. A vida passa e vive nos dando adeus. Oferecendo em contrapartida oportunidades. Ela nos dá o agora como presente. Passou. Somos o que passamos e principalmente, somos o que vivemos. Alquímica, decanto a essência do passado e deposito o sumo em seu devido lugar. Serve-me para associações. Para comparar com o agora que é meu refúgio de libertação. Entregue ao improviso do agora. Pego tua mão livre e prendo à minha para que sejamos unidos e mais livres ainda. Entrelaçamos nosso agora. Falo mais quando te observo em silêncio. Agora. Vivemos juntos. Agora. Amo teu sorriso. Agora. Sou uma explosão. Agora. Quixotescamente feliz. Agora. Amo você. Agora. Somos felizes. Agora.

9 comentários:

Franzé Oliveira disse...

A vida é como flores
Viceja por um tempo
Ganha todos os cantos
Mesmo que se oponha
Segue
E na calada da noite
Se vai...

Kiwi disse...

isso concerteza me lembra:


"De ontem em diante serei o que sou no instante agora. Onde o ontem o hj e o amanhã são a mesma coisa... sem a idéia ilusória de que o dia a noite e a madrugada são coisas distintas. Separadas por um canto de um galo velho...
.... quem surgiu primeiro? o antes? o outrora? o dia ? a noite? MINHA VIDA INTEIRA É MEU DIA INTEIRO...."

O TEATRO MÁGICO...

gostei.... bjokas

Andréia M. G. disse...

É muito bom viver Quixotescamente feliz e ter contrapartidas de oportunidades da vida. É no agora que a vida acontece. :-)

Eduardo Matzembacher Frizzo disse...

Certa vez li um ensaio do Borges no qual ele imaginava um Universo feito unicamente de música. De imediato pensei que seria o Universo Perfeito - mais perfeito que a imensidão insondável do Cosmo que nos rodeia, repleto de explosões de Supernovas, de anãs brancas, castãnhas e cinzas. Mas a beleza, essa beleza das coisas poucas, das paixões e das memórias entrelaçadas pelos dedos do amor, somente nós, finitos pelas decisões que temos de tomar, somos capazes de tocar e sentir. É disso que é feita nossa grandeza, enquanto ao Cosmo, a 9ª do Beethoven ecoa eternamente, ainda que o vácuo não permita o sentir das estrelas. Foi isso que vi nas suas palavras, moça do norte. Um Beijo, Eduardo Matzembacher Frizzo (do blog http://insufilme.blogspot.com/).

Anônimo disse...

Teus olhos, (Jo)Ana,
qual janelas translúcidas
- de um azul de cristal tão sereno -,
me permitiram um (re)encontro
tão denso quanto fugaz, pacificando minha alma
por vezes tão aflita.
Bjim saudoso no coração de azul do mar.

Joice Nunes disse...

que feliz! amo!

Ana Valeska Maia disse...

Meu carinho e agradecimento para todos vocês que visitam o blog.

Ana Cristina Mendes disse...

Que lindo amiga, esse teu momento!

viva, dê asas a esse instante e voe com ele...

Estou muito feliz por ti!

Um beijo da sua amiga-ana-irmã

Wellington Pereira disse...

Ação! A vida pede ação. Agora é o instante da ação! E amar atidude do movimento da vida, o agora que tem que ser vivido. Lindo!