sábado, 12 de dezembro de 2009

(So) Frida: a dor na vida e na arte de Frida Kahlo


Luana é aluna da Fanor do curso de fisioterapia e é fascinada pelos mistérios da dor. Foi durante a disciplina de clinica da dor que Luana conheceu a história de Frida Kahlo. Encantada com a intensidade retratada nas obras de Frida, Luana resolveu mergulhar nesse universo. E decidiu que a dor na obra e na vida de Frida Kahlo seria o tema do seu trabalho de conclusão de curso.

Criou-se um conflito. Quem orientaria Luana? Bruno, o coordenador do curso, lembrou que no ano passado assistiu a uma palestra minha sobre as mulheres e a arte. E foi assim que Luana se tornou minha orientanda. Ontem foi a apresentação do trabalho e foi muito tocante, emocionante. Luana conseguiu ter sensibilidade e disciplina para abordar o tema, inclusive os aspectos da vida de Frida relacionados ao rompimento com as convenções. Frida expôs a própria dor em suas obras e participou politicamente da sociedade. Assumiu posturas diferenciadas, vestiu-se com roupas masculinas, ou com os trajes típicos de sua região, as vestes tehuana. Participava intensamente dos movimentos políticos, lutava pela consciência nacional mexicana, pela arte mexicana independente. Levantava a bandeira do partido comunista, aliou-se a Trostsky.

Entretanto, existem dois marcos na obra de Frida Kahlo: a dor, as seqüelas físicas do acidente que sofreu quando tinha dezoito anos e as angústias do amor intenso por um conquistador irrefreável, como era o muralista mexicano Diego Rivera. Frida representava suas dores com toda a crueza que sua arte permitia. Vísceras, sangue, pedaços dos filhos mortos, as dores físicas e simbólicas foram escancaradas na obra de Frida Kahlo.

Parabéns pra Luana.

Foi uma alegria pra mim ser orientadora deste trabalho.


Imagem: obra de Frida Kahlo, "a coluna partida".

2 comentários:

Franzé Oliveira disse...

Temos que suportar a dor...
Aprender.
Intenso o texto.

Bjos com carinho.

Ana Valeska Maia disse...

Na vida de Frida a dor era uma constância.
Ela seguiu, transformou dor em arte.
Bjs Franzé.