Fui caminhar na praia e a areia que o mar lambia estava toda rendada.
Em meu quarto branco desenho com inédita disciplina, as linhas úmidas do que vi, crio retratos.
Uma ocupação diária que aos poucos revela minha cartografia íntima.
Fio por fio, fio de ovos, fios de ouro, cordões entretecidos de almas, fios de filhos, fitilhos cor de rosa, vestido de casa de abelha, picolé de creme-holandês.
Ponto de cruz, labirinto.
Sou bordadeira de memórias!
9 comentários:
e de afetos que fazem deslizar outras cores na ponta da agulha. o branco é a tela que sabe dos outros matizes que pulsam em toda extensão do corpo. tão lindo Waleska! bjs
As vezes um fio de silêncio que costura o tempo, tempo esse, alargado de possibilidades...
Jamais pare de fazer seus bordados, precisamos deles, são lindos demais!
Muito obrigada,
carinho,
Ana Cristina
.como uma nova penélope há que se fazer da trama tecida um estar no mundo mais doce e precioso. compreendendo ponto-a-ponto o rito do mundo vivido em cada gabbeh.
.o aqui comemora entre risos e boas vindas a chegada da inesquecível tecelã. e aconchega-se entre almofadas persas para acompanhar sua arte na certeza que o bello virá.
Labirinteiras do litoral leste do Ceará, mulheres que tecem vidas, sentidos, teias, caminhos, possibilidades!
Tenho certeza que és "labirinteira".
xêroo
Nossos quartos säo a caixa que guarda nossos segredos mais itimos.
Neles choramos,suspiramos e falamos bem vaixo,pra solo ser ouvidos por as paredes.
Um quarto tem janelas pra respirar e jogar tudos nossos sentimentos da liberdade.
Esse contraste do preto dos seus cabelhos com o branco das paredes é muito impresionista.
Um beijo
ô povo lindo!
saudades. tua carinha branca é muito linda! =)
Saudade também, Aline linda.
....adorei!!!
um abraco da alemanha
e.
Postar um comentário