Inquieta, sigo o rumo, cuidando
dos espaços de possíveis fertilizações, preparando o ambiente, cultivando terra
boa. Desejo imenso de um tempo mais generoso para dedicar à escrita, ao
entrelaçamento de arte e vida, ao jorrar subjetivo de meu querer mais íntimo. Uma
mente mais quieta talvez ajudasse no fluir das palavras. A minha (mente) não
está assim. Não que configure balbúrdia, caos, confusões interiores severas, nada
disso. Está mais para casulo, transformação, metamorfose. Então o silêncio
aparente, o desejo mudo, a ausência de cor.
Debaixo da casca, germino.
Imagem: Ísis, a deusa egípcia da fertilidade. (pintura mural, 1360 a.C.)
2 comentários:
Vulcão esperando ansioso pelo borbulhar de fogo, vitalidade, explosão. Uma estrela nascente, focalizando energia quântica em prol de seu vindouro nascimento. Ejetar matéria, pulso, vida, vontade e destino.
Ando um pouco assim também, não tanto por falta de tempo mas por focalizar em outras atividades tão essenciais quanto o expressar de mim.
Contudo, te peço que germine, Ana... cultive seu jardim e, no momento certo, deixe-o florir da forma mais sublime possível com o perfume da tua alma iluminada. Concentre tua força e faça teu ritual, tua passagem e deixe essa estrela dentro de ti nascer da forma mais esplêndida e propagando-se pelo Universo como um quasar eterno pois, vindo de voce, não espero menos do que uma beleza incontestável!
Beijo! =)
Saudades de suas aulas(palavras...) prof. Felicidades!
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