terça-feira, 13 de setembro de 2011

Em algum recanto da alma

Garimpando tempo para os momentos meus iniciei um pequeno conto sobre uma mulher presa à memória de um momento. Integra reflexões sobre os mistérios da alma humana. Quem conhece verdadeiramente um ser humano?

Esse indagação surgiu em um texto de Goffredo Telles Júnior sobre a justiça, na obra Estudos. Falarei sobre ele mais tarde, na aula de Ética.

"A descoberta do que é seu verdadeiramente - não depende, sempre, do que está escrito na lei, nem do que foi contratado, nem do que dizem as testemunhas. O justo, às vezes, não é o que está assentado e estabelecido. Não é o que parece. Mas é o que as circunstâncias multifacetárias da vida teceram. E nunca se revela, ou só se revela aos que têm olhos para vê-lo, e coração para senti-lo. Às vezes - vamos ser francos - o justo verdadeiro, o justo verdadeiramente justo, o justo absoluto, não se revela a ninguém. Talvez, em um ou outro caso, permaneça escondido, em algum secreto recanto da alma de alguém."

Esse algo que fica escondido em algum recanto da alma instiga muito meu ser.
Talvez por isso, escrevo.

5 comentários:

Daniel Simões disse...

O Som Interior dos Verdadeiros Buscadores da Verdade

Rodrigo Cavalcante disse...

Excelente a reflexão, professora. O absoluto, para os antropólogos, sempre diz Adelivan Ribeiro, não existe, ou existe na mente dos que querem que exista.

Anônimo disse...

na maioria das vezes, quando lembro do que sonhei (ou lembro dos lugares pelos quais passei?) durante a noite, lembro da estranha e corriqueira sensação angustiante de estar procurando algo.
Quando cordada, me sentindo participante ativa das formas que o tecido da vida desenha, tenho percebido que o que tanto procuro nos reinos de Morfeu só encontro quando sigo, "protegida pelo acaso", os caminhos que permitem movimentos mais autênticos da minha alma.

ritmando meus passos com a batidas do meu coração...

Eu não tenho um nome para o que encontro nem sei dizer se o que encontro é sempre o mesmo pedaço de algo que me pertence verdadeiramente, eu só sei que saber não é importante, o que me move é continuar descobrindo o quanto de magia cabe nos nossos vãos, nos nossos abismos.

Por isso também leio andarilhos experientes...


abs,

Mayara.

Paulo Bacelar disse...

Oi Ana, vou te acompanhar daqui agora, parabéns pelo conteúdo e forma.

Paulo Bacelar

Paulo Bacelar disse...

Oi Ana, estarei te acompanhando daqui agora com mais frequencia.

Parabéns pelo conteúdo e pela forma.

Paulo Bacelar