sábado, 13 de agosto de 2011

O ser em movimento para ser o que se é



Sol na casa 10, lua na casa 4. Lua refletindo a luz do astro-rei, vida minha em movimento constante conectada na teia do mistério e busco diferenciar o joio do trigo e o real da ilusão. Ontem refleti novamente sobre a Alegoria da Caverna de Platão (A República, livro VII). O diálogo entre Sócrates e Glauco chega diferente, o tempo passa, não é mais o mesmo rio, outras águas fluem, nem sou mais a mesma mulher, conforme os ensinamentos de Heráclito. Como sou agora? Como percebo minha caverna? Sei que sou prisioneira? Sou prisioneira imóvel ou transito pela caverna, tenho consciência do fogo que projeta as sombras que são apenas um simulacro do real? Tenho consciência do que é realmente “Conhecer a si mesmo”? Retirar os supérfluos, as peles invisíveis, as vaidades, desfazer as armadilhas do ego, viver de acordo com o essencial, de acordo com o que se é, no mais íntimo de si, é o que desejo, no âmago de minhas inquietações filosóficas.

2 comentários:

Carol Morais disse...

Concordo. Estamos em eterno devir e é esse devir que nos move e que nos faz buscar forças para viver...vivendo. Seja real ou não, vivemos um presente que, sendo o que consideramos ou não realidade, é aquilo que tocamos e modificamos. Assim, existimos.

Um beijo, Ana. Belíssimo texto!

Anônimo disse...

Sabe ,Ana, quando li "O MITO DA CaVERNA" eu estava na faculdade de letras, eu tive uma interpretação diferente de outras que as vejo, para mim, o mito da caverna é um aglomerados de pessoas que vivem sem estímulo para buscar algo, conformados somente com a sombra de algo que está fora da caverna e tem medo de descobrir. Porque descobrir-se as vezes nos causa medo. E o brilho entrando pela brecha, naõ será um novo convite à algo novo? que além daquilo há um mundo diferente, há luz. Pois bem, alguem arrasta a pedra e sai,e quando retorna para contar o que ve, todos o considera louco, preferem acreditar na escuridão e nas sombras que refletem as brechas da caverna.Talvez não sejamos assim, temos medo de descobrir algo diferente daquilo que estamos acostumados ou quando descobrirmos é melhor não retorna de onde saimos para dizer que existe a luz, que vale apena impurrar a pedra que impede a entrada da luz na caverna,e a caverna,será que naõ está dentro de nós? então para não ser considerado louco, sonhador,imaginador,etc, é melhor naõ voltar e deixar que vivam com suas sombras.
Raimunda, no momento eu procuro saber qual a luz que devo seguir, qual a minha missão. bjs