sexta-feira, 17 de junho de 2011

Suspiros e saudades


Algumas vezes sou preenchida pela lembrança de coisas que minha avó Elina fazia. Hoje lembrei dos suspiros. Ela, com toda a destreza e elegância, alquímica, fazia as misturas e batia as claras, dando o ponto desejado. Colocava com esmero os suspiros para irem ao forno, observando com rigor o momento exato de retirá-los da influência das chamas, para que não passassem do ponto, ficando úmidos por dentro e moreninhos, sequinhos e crocantes por fora. Eu, com o olhos imensos de criança, observava o movimento hipnótico das habilidades de minha avó, que sempre reservava para mim a prova dos suspiros, para testar a qualidade e liberar o doce para as outras crianças da casa.

13 comentários:

Anônimo disse...

Suspiros e Saudades.

Ana Valeska, essas histórias quando a gente era criança são engraçadas e tem um significado muito importânte para nós que vivemos esse momento.

Eu também tenho uma historinha pra contar. Na década de 60, quando eu tinha meus sete aninhos, mamãe tinha um comércio e todos os dias o padre da paróquia ia tomar o café da manhã lá em casa e o prato predileto dele era "suspiros". Lembro-me que mamãe religiosa como era fazia os suspiros pra ele com maior carinho, cada suspiros hummmm, que gostoso, mas nunca ela deixava a gente comer, porque era do "padre", isso aumentava a minha curiosidade e de meus irmãos. Certo dia chegou meu primo Flãvio lá em casa, também de 07 anos e ele era tão sapeca, que fêz a gente comer escondido os suspiros do padre, ANA deu uma bronca grande. Quando o pade chegou de manhã pra tomar o café, cadê o suspiros, ninguém sabia dizer nada e o primo a esta hora já havia pego o pau de arara e ido embora. Muitos anos depois foi que mamãe soube da historia verdadeira do sumiço dos suspiros. Mim perdoe padre pelo que fiz a culpa foi do primo capeta. risos, abraços - Edilberto Nobre

Elaine Sá disse...

Lembrei da minha avó Eunice. Ela também era uma cozinheira de mão cheia,fazia de tudo! Adorava ficar observando ela na cozinha e sempre pedia para comer o resto da massa de bolo que ficava na vasilha rs. Lembranças... Vovó para lá e pra cá com seu avental florido, um raidinho de pilha ligado para agradar o papagaio Loiro( que depois a gente descobriu ser Rosinha rs)e eu lá sentada com a mão no queixo e pensando em como amava tudo aquilo!
Engraçado como a correria nos faz esquecer esses momentos,mas basta fecharmos os olhos e vem tudo a tona né?Adoro!
Bjos flor!

Sérgio Costa disse...

Hummm, coisas de avó tem um sabor de amor, de afeto. Não tem igual!

É tanto que, sempre que invento de assar suspiros , jamais consigo acertar o ponto! kkkkk

=(

Em breve, poema novo no meu blog!
Bjs!

Anônimo disse...

ANA VALESKA, que historia ENGRAÇADA essa do Edilberto, chô primo capeta.

visito sempre seu blog é legal tem cada postagem inteligente. bj. Igor

Anônimo disse...

ANA VALESKA, essa historia do suspiros é engraçada eu ri tanto. Eu também tenho uma historinha do suspiro pra contar, mas deixa pra lá. bj. Diego

Ana Valeska Maia disse...

kkkkkkkk, Edilberto, boa história!

Elaine, memórias da convivência com a vovó são especiais.

Sérgio eu nem arrisco fazer os suspiros. Como os da minha avó creio que nunca mais.

Igor e Diego, bom "ver" vocês aqui!

Franzé Oliveira disse...

Uma lágrima apenas, uma lágrima,
Eu sigo alga escusa nas águas do meu rio...

Beijos.

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkk, tadim do padre ficou com água na boca, quando soube do sumiço dos suspiros. bj ANA VALESKA. DIEGO.

Eduardo Porto disse...

Esse texto me lembrou as tapiocas da vovó.

Beijos Ana.

Anônimo disse...

Oi Ana Valeska, falar em tapioca, tenho outra historinha pra contar de tapioca. vix foi horivel, nesse dia perdi a namorada. depois eu conto, saudades dos meus 17 anos.kkkkkkkk. Já estou com saudades de suas aulas. até breve
Edilberto nobre

Jean Karlo disse...

Ana Valeska, esses Edilberto tem cada história, vou esperr essa história da tapioca.

Jean Karlo disse...

Ana Valeska, esse Edilberto tem cada história, agora vamos esperar a história das tapiocas.

Anônimo disse...

eu quero saber da historia da tapioca, será que enganaram o tadim do padre de novo, risos. Estou curioso. Beijo ANA VALESKA. Jefferson