terça-feira, 31 de agosto de 2010

Vovó

A vida passa rápido demais e eu não quero te esquecer. Por esses dias me vi numa espécie de desespero. Tive um desejo flamejante de registrar todas as nossas vivências que ainda lembro, pois procurei por algumas lembranças nossas e não mais as encontrei. Pensei em buscar nos álbuns de fotografias, pensei em entrevistar as pessoas que te conheceram, pensei em escrever um livro sobre a nossa história. Depois pensei em ouvir a experiência de outras mulheres com suas avós só para ter a certeza que nenhuma história será melhor do que a nossa. E, se por acaso eu encontrar uma história melhor, ficarei feliz em encontrar uma neta que conheceu a força de um amor imenso como eu conheci. É estranho, mesmo que eu não lembre mais de tudo, o sentimento do teu amor é cada vez maior em mim, Vovó.

8 comentários:

Corpo meu, minha morada! disse...

Ana, que lindo!
Eu sou "uma neta que conheceu a força de um amor imenso".
Tem amor e proteção mais pura e mais verdeira? Os laços são fortes como se já existissem em outras vidas.
É amor demais!

Xêro

Aline Lima disse...

você pode até ter esquecido algo mas, está tudo bem guardadinho na memória de vocês. os laços são eternos para quem se deixou cativar, ana querida!

amor é-terno, sempre alimentando o melhor que há em nós!!! ;)

Elan Lopes disse...

Meu anjo, você sabe assim como eu que existe uma memória que não se apaga/esquece nunca por não estar ligado a este plano físico. Tudo, simplesmente, tudo que foi vivenciado por você está guardado lá e será acessando por ti quando não dependeres mais das tuas faculdades físicas para isso. E tu poderás acessar todas essas lembranças que te fazem tão bem e te fazem feliz. Paciência, a faculdade mental física é limitada, já a da essência é infinita. Beijo grande pra tu meu amor.

Steven Douglas disse...

Ah.. que amor sublime, atemporal.. O cérebro pode até falhar nos seus mecanismos de reter lembranças, mas o coração tem memória de elefante.. rs.. lendo as suas palavras, percebo o que te fez ser essa pessoa grandiosamente iluminada que você é. Foi esse amor. Você foi regada por esse energizante sentimento desde a mais tenra infância, e junto com ele, com certeza recebeu também eternos ensinamentos. Minha avó ta aqui em casa (85 anos de muita sabedoria e rara lucidez), veio passar uns dias.. vou agora mesmo correr pra dá um abraço nela.. rs.. seu texto me fez sentir saudade de quem ainda está bem perto.

bjs.

Ana Valeska Maia disse...

Ei, todos aí de cima: amo vocês!

Eduardo Matzembacher Frizzo disse...

Olá, Ana!

Não desisti do novo blog não! Tenho até um formato diferente do INSUFILME em mente. Além disso, existem vários textos prontos, sem contar na estrutura que já tenho definida. O problema é um só: não sei como batizar esse novo blog. Daí toda demora!

Mas era isso.

Um beijo!

Valéria Martins disse...

Oi, Ana. Pois fique sabendo que eu também AMO a minha avó apesar de ter vivido apenas 17 anos que ela - faz mais de 20 que ela partiu. Mas ela continua vivíssima dentro de mim. Depois que os meus filhos nasceram, então, eu revivi todas as cantigas, todas as piadas, todas as brincadeiras que ela fazia comigo. As lembranças que eu tenho dela sáo todas alegres, amorosas, tudo de bom. POr isso, eu sei exatamente como você se sente. Que bom que ainda temos nossas avós conosco!

Beijocas,

Ana Valeska Maia disse...

Eduardo:
Pois volta logo!

Valéria:
como são fortes as histórias de nossas avós.
bjs.