domingo, 13 de junho de 2010

Agora elas choram

Observando as particularidades do mundo canino percebi que apenas ontem caiu a ficha das meninas que o Iup não volta mais. Kilt ficou procurando por ele pelos jardins de casa. Fuça todos os esconderijos, como se ele brincasse de esconder. Adelaide está com a carinha mais desconsolada do mundo. Desperdiçaram quase todo o jantar.
Elas choram de saudade.
Eu também.
A casa está de luto.
Abaixo a letra da música que Toninho Horta fez para a cadela Diana que não sai da minha cabeça nesses dias.


Diana
(Composição: Fernando Brant e Toninho Horta)

Velha amiga, eu volto à nossa casa
Já não te encontro alegre, quase humana
Corpo pintado de branco e marrom
E uma tristeza no olhar
Como se conhecesse dor milenar

Já não te encontro, à espera, ao pé da porta
Correndo viva e bela ou descansando
Tanto vazio por todo lugar
Tanta tristeza sinto ao chegar
Ao nosso território de brincar

Almoço aos domingos, a velha farra
Todos vão inventando novos segredos
Fica a ausência branca e marrom e a tristeza milenar
Mas os meninos voltaram a brincar
Como se ainda sentissem o teu olhar

Diana, Diana, Diana, Diana, Diana...

6 comentários:

Alexandre Grecco disse...

Talvez no fundo não tenha nada haver, mas algumas coisas são "irrefreáveis", segue o link:

http://minhalinguaeeu.blogspot.com/2009/11/um-cao-apenas-cecilia-meireles.html

abs

Ana Valeska Maia disse...

Alexandre, adorei, belíssimo o texto da grande Cecília.
Muito grata.

GUINA disse...

ENCONTRO


Foi se formando um campo bonito
Que com palavras e gestos meigos
Aproximação linda foi se formando
Igual à lua que desce e beija o mar...

Que céu lindo de palavras e gestos!
Um lindo encontro que logo nos deu
A boa amizade gostosa e saudável
Assim boa como um céu estrelado...

Vi tua voz docemente surrurando
Como a voz murmurante dos rios...
Doce como é linda a pétala da flor

E se dos teus lábios um riso luzia
Em brilhos minha alma parecia voar
Voando para ti e querendo beijar-te.


Guina

Andréa Beheregaray disse...

Que lindo que ficou!

Mudanças são sempre boas, sempre necessárias. Mesmo as virtuais, evitam que a gente enferruje por dentro.

Beijos querida.

Andréa Beheregaray disse...

E amada, escrevi isto antes de ler do teu dog. Sei como é triste...já perdi uma pequeninha. Eles nos ensinam tanto, apertam o nosso laço com a natureza, e nos fazem olhar para todos os bixos (inclusive nós) de outra forma.

Com carinho,

Andréa.

Ana Valeska Maia disse...

Grata Andréa. Doí a saudade mas é o ciclo da vida, tudo é transformação.
Bj grande minha Flor.