domingo, 16 de maio de 2010

A poesia das impossibilidades

4 comentários:

Valdecy Alves disse...

Bela Música, Ana. A única impossibilidade na verdade é a biológica, se o ser que quer amar não tem o desenvolvimento adequado seja físico, seja mental, realmente é impossível. POIS HÁ QUE O CORPO ESTAR PREPARADO, HÁ QUE A MENTE PODER DISCERNIR. Fora disso a possibilidade passa a ser relativa: legal ou moral. Mas a ponte intransponivel entre as idades pode ser vencida, bastando que a vontade seja capaz de querer, saber o que quer e o não ou o sim possam ser entendidos em todas as suas dimensões. Sem dúvida uma bela canção.

Ana Valeska Maia disse...

Ouvia muito essa música com minha avó. Quando falo das impossibilidades falo das dificuldades que dão a margem propícia para o sonho romântico. Nessa seara das relações amorosas, uma dose de romantismo encanta.
Andam banalizando muito os encontros amorosos não achas?

Franzé Oliveira disse...

As impossibilidades de se amar hoje com certa pureza são poucas.
A realidade dos dias atuais impede tal sentimento.
Se é que existe esse sentimento.
Bonita música. Ouvia muito quando criança. Minha mãe gostava. Saudoso esse clip.

Beijos.

Valdecy Alves disse...

Vivemos numa época de paradoxos e contrastes:

- Nunca se teve tanto acesso á informação e nunca houve tanta ignorância;
- Nunca houve tantos direitos humanos, mas a violência vem cavalgando em bombas de hidrogênio ou nos revólveres, que matam no dia a dia, mesmo após subtraído o objeto da vítima;
- Nunca houve tantas religiões, tanta tolerância religiosa, mas a moral religiosa pouco tem ajudado na construção de um mundo justo;
- Nunca houve tanta possibilidade de comunicação, mas as pessoas do nosso século são as mais solitárias e infelizes;
- Nunca o indivíduo foi tão valorizado e firmado, mas a solidariedade do corpo coletivo desapareceu;
- Nunca houve tanta liberdade sexual, mas a liberdade atingiu as raias da banalização e foi separada do direito à vida, vez que sexo está afeito também à reprodução;
- Realmente, o instinto substituiu o sentimento, quando aquele deveria ser o recheio deste e só com o sentir pode haver o romantismo, a ilusão agradável, como o bom aroma do alimento sonhado, que pode até não se nutritivo.

- A idade tênue ou extrema pode trazer inerente fronteira intransponível, claro que observada a possibilidade biológica somada à possibilidade racional, mas nunca as possibilidades foram tamanhas para realização dos mais profundos sonhos, rodeados de sentimentos, de romantismo, sobretudo quando quem quer ser amado quer, pode e sente.