segunda-feira, 19 de abril de 2010

Andanças


Ando muda, observando as paisagens da realidade que conheço.

Ando imaginária, criando inexistências.

Ando chateada com a lógica globalizante e competitiva que aguçou a idiotice dos dirigentes das instituições.

Ando a passos lentos, burlando caminhos.

Tenho o ritmo das flores e

preciso de calma para exibir minha beleza.

Senão deixo de existir e viro estatística.


imagem: fotografia de Paulo Amoreira

7 comentários:

Andréa Beheregaray disse...

Tu andas linda, isso sim.

Bjs.

Anônimo disse...

Eita, (Jo)Ana,
Como deve estar sendo difícil para quem anda no ritmo das flores se deparar com a velocidade irracional desta sociedade desumana e desnaturada.
Só muito amor e poesia para saciar nossa sede de beleza em meio a tanta aridez.
Bj. grande e saudoso, muito saudoso (e meio triste)
Jô.

Ana Valeska Maia disse...

Andréa linda tu!

Jô,
É difícil sim!
Mas tenho flores na vida. Você é uma delas.
Bj saudoso também.

Eduardo Porto disse...

Uma poesia com tom de desabafo sempre soa mais linda quando é dita por uma pessoa linda como você Ana. Um beijão.

Cinema para Desocupados

Ana Valeska Maia disse...

Eduardo!
Senti tua falta no sarau de poesia!
Foi muito bom lá!
Um beijo.

Corpo meu, minha morada! disse...

Ando me sentindo estatística!

Ana Valeska Maia disse...

Taí, que você não é estatística.
Única no mundo!