sábado, 11 de abril de 2009

Amor de pele e sonho



Dói feito impacto de foice.
Foi-se.
Não é dor leve.
É dor que jorra feito correnteza.
Dor de saudade de amor de pele e sonho.


imagem: obra de Auguste Rodin.

5 comentários:

paulo amoreira disse...

.o amor de um nem sempre é o amor de par. às vezes a hora do outro tá torta, enviesada, míope, desencontrada.

.só os que amam em extremos conhecem as verdadeiras entregas. mas também acabam esbarrando no intenso dos desatinos. e as carnes pulsantes e os sonhos de festa se desfazem em vaporosos abraços mudos.

.o mais difícil então é ver que a dor não é o inimigo. é apenas a página final de um dos livros da vida.

.após o ponto há eco das palavras lidas. dos mundos visitados. e quase se volta algumas páginas para que a leitura se perpetue.

.outros livros virão. outras bibliotecas. outras leituras.

.e a vida seguirá inexoravelmente seu rumo. ainda que isso parece um tanto triste, porque nós - românticos - sentimos sempre uma espécie de enfado pelos recomeços. a fome de eternidade nos persegue. não digerimos o fim das coisas.

.um novo alimento muitas vezes está alí perto. um novo livro. uma nova descoberta. um novo riso.

.haverá a hora de novamente mover-se na direção do encontro com a vida.

Tainá Facó disse...

Ah, Ana, como eu sei que dói... Corta, rasga, sangra e fere.

Lindo!

Beijo, linda! :*

gloria disse...

que fios de sentimentos reverberam no ar...escrevemos sobre abismos, sobre amores instransponíveis, sobre um linguagem que funda e expõe desejos espostos, em carne viva, sem vergonha de se mostrar com toda a su intensidade. Vc. é uma mulher mais que linda, eu vi!bjs

Sady Folch disse...

Bonito poema.

Convido-a a conhecer alguns que tenho feito no Caminho do Escritor

eDu Almeida disse...

Menina que texto lindo, pequeno e intenso não acha? E sendo complementado pelo que o nosso amigo paulo falou ali em cima, parece q ele até sabe tudo sobre mim e sobre nós que somos romanticos. Tava com saudade de ler-te